quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ritos de Passagem

Deixei de levar a sério todas as palermices que são supostas cumprir nos segundos mais frenéticos de uma passagem de ano.

Mas parece que devia ter seguido este guião:

1. Vestir boxers novos de cor azul (o verde foi vetado desde que Adão não teve sorte com a parra que lhe  tapava as vergonhas).

2. Pular para cima de uma cadeira ou algo onde possa ficar mais alto (desde que a minha avó caiu do candeeiro, ninguém teve mais ideias himalaias).

3. Ter uma nota de 500 euros no bolso (o que exclui 95% da população nacional).

4. Ter a boca cheia com 12 passas (ao contrário das festas bunga-bunga em que Berlusconi chegou a ter a boca cheia com 12 pássaras).

5. Formular 12 desejos, ou três, ou um, dependendo das versões (não se incomode, nenhum deles será realizado).

6. Brindar com espumante barato, porque o verdadeiro champanhe é francês e é caro (isto depois de ter aberto um buraco no estuque do tecto, com a rolha disparada a 146 Km/hora).

7. Mandar um prato pela janela (se possível na direcção do carro da vizinha que detesta).

8. Acompanhar as 12 badaladas pela televisão (o que na maior parte dos casos, incluirá os guinchos da Teresa Guilherme).

Não cumpri nem metade, fui para a cama cedo e tive pesadelos toda a noite porque faltam dois meses para o Carnaval.

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